domingo, 18 de novembro de 2007

Entrevista com Tiomkim

Confira a entrevista com Osval Dias de Siqueira Filho, o Tiomkim, feita pelo nosso produtor Franki Kucher

1. Como começou o interesse por cinema?
Desde criança, sempre incentivado pelo meu pai, que foi músico e maestro de big band.

2. Quais suas influências – cinematográficas e literárias?
Sempre fui influenciado pelo cinema de vanguarda americano – anos 50 e 60, em especial o cineasta Kenneth Anger. Também gosto muito do cineasta alemão, radico nos EUA, Douglas Sirk, que também influenciou cineastas como: Fassbinder e Pedro Almodóvar.

3. Sua formação – instrução, amigos, inspiração...
Sou muito intuitivo, quando vou filmar e principalmente um experimentalista. Fiz vários cursos na Cinemateca com Valêncio Xavier, Fernando Severo e na área de fotografia com os mestres Geraldo Magella e Roberto Pitella

4. Quais os temas que mais trabalha, nos filmes?
Uso boas doses de erotismo, bom humor e colagens cinematográficas, usando elementos do cinema dos anos 50.

5. O que foi mais marcante em sua história profissional?
Em 1989 ganhei o primeiro prêmio do Salão CURITIBA ARTE V. Um prêmio na categoria FOTOGRAFIA – que me rendeu uma passagem ida/volta para a EUROPA. Na ocasião tive a chance de fotografar em PRAGA, a queda do Comunismo.

6. Como definiria o seu estilo com diretor?
Um estilo totalmente EXPERIMENTAL, usando e abusando de ângulos, cenas e temáticas surreais.

7. Como tem sido o seu modo de realizar filmes?
Através de COOPERATIVA. Reunião de amigos, onde cada um entra com sua contribuição.

8. Como são divulgados seus filmes?
Através de festivais de cinema de várias partes do Brasil.

9. De que forma as leis de incentivo, as escolas, a TV educativa e a RPC, entre outros, têm ajudado na carreira?
Em muito, pois são instrumentos bastante importantes para que se abram espaços para produções paranaenses.

10. É possível sobreviver com essa profissão?
Sobreviver de cinema muito difícil. O CINEMA TEM QUE SER ALGO PARALELO.

11. Curitiba oferece bons cursos de cinema?
Existem poucos cursos – mas vamos louvar a iniciativa da CINEMATECA, do CINEVIDEO e CENTRO EUROPEU, que viabiliza cursos regulares na área de cinema.

12.É possível viver de cinema no Paraná? O que é necessário para que o profissional possa viver só de cinema?
É impossível viver só de cinema no PARANÁ ou até mesmo no Brasil. O valor de uma produção em longa metragem 35 mm é muito alto e ainda não existe uma política realmente boa de distribuição. Cinema ainda é um luxo. Mas o longo caminho deve ser percorrido, principalmente porque temos talentos locais que já estão alcançando espaços maiores. Veja os exemplos de MARCOS JORGE, grande vencedor do festival do RIO, Fernando Severo, Paulo Munhoz, Geraldo Pioli, e muitos outros.

Filmografia:
Alguns de seus trabalhos: 1991 – Cenas de um sonho selvagem.1992 – Tenderly (co-dir. Tiomkim). 1993 – Teia de Renda Negra (co-dir. Tiomkim); Mulheres em Fuga. 1994 – Conheça o Paraná; Ezequiel. 1995 – Guaraqueçaba, Ninho de Guarás. 1996 – Que fim levou o Vampiro de Curitiba? (com Mário Schoemberg, Simone Spoladore). 1997 – Retrato 3x4. 1998 – Rainha de papel. 1999 – Tadashi, o Poeta do Traço. 2001 – O Escapulário. 2002 – Belo, Feio e Maldito (co-dir. Tiomkim). 2002/2003 – Uma cidade chamada Parede; Punhal na Garganta; O Circo Mágico, Deusas da cidade amada. (fonte: cinevideo)

Prêmios:
No seu curriculum consta a realização do vídeo “Rainha de Papel”, e “Cenas de Um Sonho Selvagem”, que arrebatou prêmios nos Festivais de Vitória, Maranhão, Prêmio Itaú e Prêmio OCIC (Org. Católica Internacional). Seus trabalhos tem tido participação em festivais nacionais, com passagem por Havana/Cuba e Alemanha.



Não se esqueçam que sexta-feira, dia 23, tem a pré-estreia de Agora já era! no Tsé Tsé. Até lá!

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